quinta-feira, 5 de abril de 2012

OS DESAFIOS DA SOCIEDADE ATUAL QUANTO AOS ASPECTOS ECONOMICOS


OS DESAFIOS DA SOCIEDADE  ATUAL QUANTO AOS ASPECTOS ECONOMICOS

A crise econômica que ora vivemos desde o ano de 2008 e que se agravou em 2011 e 2012 é a crise do crédito. Homens e mulheres, velhos e jovens são devedores e estão na condição de “endividados”. Fazer mais dívidas é o único instrumento verdadeiro de salvação para as dividas já contraídas. Antes da crise do crédito, bancos, empresas de cartões de crédito, financeiras e, até lojas de departamentos, mostravam-se favoráveis a oferecer e disponibilizar  novos empréstimos  até aos devedores inadimplentes, para cobrir os juros de débitos anteriores e comprar mais. Fazer mais dívidas é o único instrumento verdadeiro de salvação das dividas já contraídas e a suspensão da execução da mesma.
De uma recém sociedade de produtores, cuja principal fonte de lucros era a exploração do trabalho assalariado, fomos transformados em uma sociedade de consumidores que divide e valoriza os indivíduos, não mais por seu papel ao produzir, mas em sua capacidade de adquirir bens de consumo. O ser humano não é mais a mercadoria que produz, mas a que pode comprar, não importando quais são as forças ou os meios que utiliza para adquiri-los. Nessa sociedade de consumidores o lucro é advindo, sobretudo, da exploração dos desejos de consumo. A finalidade do negócio é evitar que as necessidades sejam satisfeitas e evocar, induzir, conjurar e ampliar novas necessidades que clamam por satisfação e novos clientes em potencial, induzidos à ação por essas necessidades.  Nosso objetivo é alertar para a necessidade de  analisar os hábitos e condutas de consumo na sociedade brasileira à luz dos dias em que vivemos e as atitudes em direção ao endividamento, e assegurar
 que só é possível construir um mundo melhor, e garantir uma sociedade mais equânime para as próximas gerações, se houver um esforço conjunto na educação do consumidor. Esta se converteu em uma necessidade fundamental no mundo moderno para: proteger o meio ambiente, economizar energia, melhorar a qualidade dos produtos, fortalecer ações cooperativas entre os povos, sanar práticas fundamentais de saúde e higiene e estimular o uso responsável de bens e serviços. Tornou-se imperativo para a qualidade de vida das próximas gerações. Fortalecer a qualidade de vida deve ser mais importante que o nível de vida. Isso é o que permitirá o discernimento entre o essencial e o supérfluo, partindo da realização de escolhas entre o ócio e o trabalho, entre um bem de consumo e outro, um consumo presente ou um consumo futuro. Diante do quadro, ora traçado, torna-se obrigatório aos educadores, em geral, estudar os conceitos econômicos, porque, ou nos viabilizamos coletivamente, ou pereceremos juntos.